sexta-feira, 21 de abril de 2017

SOBRE ESCALAR OU VIVER

Via Andorinhas - Morro do Anhangava Jan. 2017

Descobri a escalada há pouco mais de oito meses. Através dela passei a ver e enxergar o mundo com outros olhos, afinal de contas, descobri na escalada um novo estilo de vida, mas, para além e antes disso, a escalada logo mostrou seu tom e exigiu de mim que olhasse para minhas maiores limitações... medos e inseguranças que me impediam de evoluir.
O encantamento com a escalada, e por tudo de novo que ela me trazia, elevava meu entusiamo... aumentava o desejo em querer escalar mais e melhor. No entanto, esse desejo parecia não bastar. As limitações físicas eram grandes e as mentais, maiores ainda.
Nesse momento, aquele encantamento deu lugar ao incômodo. Minhas metas pareciam muito distantes. A falta de força, de equilíbrio e técnica pareciam obstáculos intransponíveis. Pensava que talvez escalar não fosse muito pra mim...A mente era implacável. Eram infindáveis as desculpas inventadas para tornar mais fácil uma desistência... afinal, a escalada era algo que exigia de mim ter que olhar para meus medos e inseguranças, e com elas aprender a lidar. Nada simples.
Mesmo assim, ainda era cativante - por intuição, coração ou conspiração do universo... -. Diante dos desafios que impunha, deixá-la de lado também não seria uma opção confortável. A partir de então, para além de uma atividade física bacana, se tornou uma grande professora cujas lições se refletem a todo instante na minha vida! A partir de então, passei a experimentar vitórias maiores do que poderia imaginar, e que não dizem respeito à conquista de uma via com grau maior ou com o número de cadenas - que vêm com o tempo, como consequências e, claro, também são legais -.
Lidar com o medo de altura, com o medo de cair, com o medo de estar vulnerável e de, talvez, não conseguir atingir um objetivo... Lidar com a (in)segurança do imponderável e viver o AGORA... estar consciente...presente... Entender que todo movimento importa para sair do lugar e chegar onde se quer e, por isso, estar presente e consciente em cada momento e em cada movimento, faz toda diferença... que importa aproveitar o caminho! Assim se chega onde se quer, ou onde se precisa chegar, na via ou na vida.
A escalada pode nos levar à lugares incríveis, mas, principalmente, pode nos levar à uma das jornadas mais grandes e gratificantes... essa é interna. A escalada, como esporte e estilo de vida, quando abraçada, pode nos levar ao conhecimento de quem somos e de quem ainda podemos ser.👊


terça-feira, 18 de abril de 2017

Escalada no Colorado - Shelf Road


A poucos meses de me mudar do Brasil e aterrissar em Nova York resolvi pesquisar algumas estradas pelos Estados Unidos onde eu pudesse fazer uma viagem de carro ou algum mochilão, nos resultados de pesquisa me vieram diversos vídeos e dentre eles, um me chamou muito a atenção, era um vídeo sobre dirigir em Shelf Road. Shelf Road é uma área na cidade de Cañon City, a duas horas e meia de Denver – a capital do Colorado-. Nesta área é possível praticar diversas atividades como: caminhar, dirigir, acampar e, claro, escalar! Para quem tem a intenção de se aventurar pelo Colorado, um dos mais importantes estados quando o assunto é escalada, não deve deixar de conhecer Shelf Road. A minha viagem contemplou também a cidade de Colorado Springs, que fica uma hora meia de distância de Shelf road. Eu escolhi passar por Colorado Springs, pois é uma cidade lindíssima onde também é possível escalar, aliás pra quem prefere escaladas um pouco mais leves ou quer iniciar com um aquecimento suave, essa cidade é bastante interessante! O setor de escalada mais famoso de lá fica no Parque Garden of the Gods, é uma das vistas mais lindas que já vi! Em Colorado Springs há 494 vias de escaladas dentre as quais 144 estão situadas apenas nesse Parque! Abaixo está uma das vistas que você pode ter ao visitar o Parque, embora a foto for a tirada dentro do parque a vista que se vê na imagem é de Pikes Peak, onde hiking e outros esportes são bem populares.
Pikes Peak

Aqui está um exemplo do tipo de rocha que você pode encontrar no Parque:
Estacionamento de Garden of the Gods


Depois do aquecimento você estará pronto para escaladas mais pesadas pelo Colorado. Uma dica importante: se você for entre o fim do inverno e começo de primavera, como foi o meu caso, você pode até se aventurar pelo snowboard em Colorado Springs! O.k., voltando a falar de escalada, se você quiser partir de Denver, será, também, uma ótima opção, há companhias que prestam serviços a quem quer escalar, então se você não tem equipamento suficiente ou quer se aventurar sozinho, basta procurar por esses serviços, não será difícil encontrar parceiros para escalar por lá! 

As vias
Um aplicativo gratuito para celular muito importante para quem vai escalar nos Estados Unidos é o Mountain Project, nesse aplicativo você tem acesso a informações sobre mais de 158 103 vias por todo o país. É importantíssimo que você utilize esse aplicativo, principalmente se estiver indo com grupos que não conheçam bem a região. Ao baixar o aplicativo você deverá baixar informações sobre a região que você quer escalar, dentre as informações estão as condições climáticas da região, lugares onde você pode ter acesso à alimentação e locais de acampamento, os setores de escaladas, as vias e suas respectivas graduações e nomes, comentários sobre as vias por outros escaladores que já passaram por elas, número de cordadas e muito mais.


A minha opinião sobre as rochas em Shelf Road é que as vias fáceis parecem ser ainda mais fáceis quando comparadas às do Brasil, por exemplo, vias de v grau (5.8 USA). Já as vias mais duras como VI sup ou vias superiores parecem ser ainda mais difíceis! Tem algumas vias onde a rocha é muito áspera, para quem tem a pele mais sensível é quase insuportável de se manter na parede, mas isso acontece em pouquíssimas vias pelo vasto setor, para muitos escaladores é algo ainda mais motivador! 
Não deixe de ir escalar à noite enquanto estiver por lá!

A imagem abaixo é de uma via de v grau no setor The Bank, o setor com mais vias em Shelf Road, foi a primeira via que entrei, foi a primeira vez que escalei em rocha no país, tive a confiança de entrar guiando, pois a via parecia ser bem tranquila. De fato!

Escalada Guiada - V grau
Outra via que entrei no mesmo setor foi uma via de VI sup – Lynch Mob, nessa não tive a intenção de entrar guiando, pois no Brasil era o grau máximo que eu enfrentava, então preferi conhecer os movimentos primeiro. Essa via é bastante dura, alguns inclusive consideram-na com um grau maior do que o lhe fora dado. Espero que sim, pois nunca sofri tanto em um sexto sup.!! Haha

O Crux dessa via ocorre um pouco acima de onde eu estou na foto. É possível ver o teto, nessa hora é necessário estar bem descansado para continuar. Pra quem escala VI sup é uma via bem divertida!


Na foto acima é possível entender o que estou falando!
No setor é possível praticar a escalada tradicional também, eu não me aventurei… ainda! Não são muitas as opções pra quem gosta dessa modalidade e só há vias de uma cordada na região!

A próxima imagem é de uma via 7c, entrei apenas pra brincar, mas achei uma das vias mais divertidas do setor!

Via 7c

O divertido dessa via é que você, em alguns pontos, tem que escalar na horizontal também! Como o escalador está fazendo na imagem abaixo, o objetivo é ir para o outro lado da aresta para continuar subindo.


Além da escalada não deixe de contemplar a vista que a região tem a oferecer, você pode sair pela estrada principal que a paisagem será divina, mas recomendo sair por dentro da região, a vista é espetacular e a experiência pode ser um pouco perigosa, pois as estradas são estreitas… de um lado você tem enormes paredões de pedra e do outro um gigantesco abismo!

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A força da Mulher



 A escalada é um esporte individual que para evoluir depende só da gente, mas muitas vezes as companhias fazem a diferença para que você dê aquela raça no crux .

A mulherada daqui de Belo Horizonte resolveu que sexta feira vai ser o dia para escalarmos juntas, na semana passada fomos na Pedra Rachada - Sabará, foi incrível, uma incentivou a outra e deu para escalar bastante. Foi muito motivador.

Ir com as meninas para a pedra mostrou que nós precisamos nos unir. 

Nós mulheres somos fortes,  temos que acreditar nisso e colocar em prática,  com parcerias que vão te jogar para cima. Unidas somos mais fortes e somos capazes de alcançar tudo que queremos, basta corrermos atras e sempre motivar umas as outras, tanto no muro, na pedra e na vida. 
          


Foto: Roberta Resende, Silvia Misk, Kallen Martins e Raiane Melo.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Campeonato Brasileiro de Escalada Esportiva, Etapa Boulder - ABEE

Por Flora Kesselring Zugaib


No dia 16 de abril, um sábado lindo de sol, aconteceu a etapa de boulder do Campeonato Brasileiro de Escalada Esportiva realizado pela ABEE. A etapa foi realizada no ginásio de Escalada Campo Base em Curitiba, Paraná.O evento teve a participação de escaladores e escaladoras de vários lugares do Brasil, Paraná, Santa Catarina, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, etc.

Estávamos em 7 mulheres na categoria Pro. As eliminatórias começaram pontualmente às 8h30. Estávamos todos na expectativa do novo formato de classificação (novo para nós,  brasileiros mas, este sistema já é usado em competições mundiais). Foram 5 linhas de boulder para as mulheres e 5 para os homens. Ao entrar para o primeiro desafio, tínhamos cinco minutos para conhecê-lo e escalar da melhor forma possível, para mandar! Passados os 5 minutos do primeiro problema, passamos outros 05 descansando, antes de partir pro segundo e assim sucessivamente até o quinto problema.

As mulheres foram as primeiras. Os boulders estavam bem duros. Os route setters  observavam o nível dos participantes para montar os boulders da final. As classificatórias terminaram ao meio dia, e só então foram montados os boulders do festival, modo de classificação das demais categorias, infantil, sênior e amador que, começou às 13h. Classifiquei-me em quinto lugar. 

Às 19h foi dado início a final da categoria Pro. Os finalistas foram, Thais Makino, Camila Macedo, Janine Cardoso, Patrícia Antunes, Eu , Ana Luisa Shiraiwa e Carol Nascimento (Campeã Juvenil de 2016) na equipe feminina. Na masculina tínhamos, Jonas Leffeck, Jean Ouriques, Ian Padilha, Felipe Ho, Pedro Nicoloso e Bruno Milani. Dessa vez tínhamos 4 boulders, com 4 minutos para serem resolvidos e a leitura prévia foi realizada com todos os finalistas juntos. Escalaríamos em simultâneo, um homem e uma mulher. 
 
Finalistas!!!
Para meu privilégio, meu “par" foi o Ian Padilha, escalador conterrâneo e amigo. Estávamos em casa e com uma torcida incrível. Pudemos contar com a vibe de muitos amigos que estavam torcendo por nós ao mesmo tempo. Foi emocionante! (Na torcida fomos campeões! hehehehe) Outra coisa nova pra mim, pelo menos, foi o isolamento ser divido em 2. Todos começavam em um e a partir do momento em que voltavam do boulder 1 eram encaminhados  o isolamento “2”. Após todos os finalistas entrarem no problema 1, retornavam para o primeiro isolamento.
 
Ian padilha, amigo e conterrâneo!

A torcida!

Nos 3 primeiros boulders toquei nas agarras bônus. No quarto e último, quando eu fazia o primeiro movimento, caía. Era um dinâmico bem diferente. A atual Campeã Brasileira, Thais Makino, mostrou muita experiência, preparo físico e simpatia. Jean Ouriques, também atual Campeão Brasileiro, mostrou a que veio, com muita paixão.

Terminei em 6º lugar! Adorei participar, foi uma super experiência!!! Vi que para eu melhorar seria preciso focar em competição, me especializar nisso 'SQN' (rs). 
O nível dos atletas está altíssimo, a escalada brasileira de competição está linda!!! A organização do ginásio Campo Base e da ABEE estiveram excelentes. Os boulders foram muito bem elaborados. Torcida presente, tudo muito redondo!


Parabéns a todos os envolvidos! Agradeço a Quatro Ventos, Campo Base Loja e Ginásio, Capituva, Leo Boiarski Fisio, e Alto Estilo pelo apoio, sempre!! E que venha a temporada!!! Uhuuuuu!!!!

Fotos retiradas da fanpage do Campo Base, Ginásio de Escalada!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Mais uma conquista para a escaladorA Nereida Rezende!!

 Por Nereida Rezende
 
Pedra Riscada - MG
Coloquei a via Moonwalker da Pedra Riscada no meu currículo revezando de igual pra igual com o meu namorado, Bruno Alves. Das 07h às 07h na base, 24h de atividade para vencer os 1000 metros! Viva o climb!! Via fácil, exposição na dificuldade, só no final. Máximo sexto grau. O que pega é o tamanhão mesmo. 19 esticões cheios. Esticões de 55, 60 metros, estica MESMO toda a corda. No início a gente tocava dois esticões cada, escalando em simultâneo. Depois, nos quintos e sextos, fomos com seg normal, uma cordada por pessoa. Era chegando com as costuras e saindo de imediato, o outro só virava a seg. Na descida tiramos várias sonecas nos platôs. Bivacando de roupa quente, só. Foi base cume base em 24 horas, 1000 metros. 


Coloquei D5 no meu currículo AGUIPERJ! Eeeeeeeeeee D5, duração 5 é uma via tão grande que o bivak na parede é praticamente obrigatório. É um bigwall. O difícil dessas escaladas é ter um ponto ideal entre não carregar muito peso, mas, também não passar fome e frio. Subimos direto até o cume, que fizemos às 16h. Aí começamos os rapéis, 8 cordadas até o platô da P12, chegando no escurecer, dormimos umas 4 horas, talvez, e 01h da manhã começamos os rapéis. Rapéis de 55 metros com as cordas duplas. Na P7 tem outro platô, tiramos mais uma soneca. A corda prendeu 2 vezes, os rapéis eram muuuuito longos. Tínhamos que ser metódicos, não deixar as cordas se trançarem na descida. E assim chegamos na base 07h e dormimos mais uma hora ou duas antes de enfrentar a trilha amena para o carro, para dirigirmos de volta ao Rio.


Foi 700km na sexta. Dormimos em barraca, ao lado do carro, lá quase na base. Acordamos  às 04h, escalamos das 07h às 07h do outro dia. Enfrentamos mais 900km de volta, seguindo pelo ES, para namorar as montanhas de lá e preparar um ataque. Foi quebradeeeera mas, com croqui não se perde! É seguir as canaletas ou as costeletas (as arestas abauladas), rsrsrs. Como é lindo da parte desses tórtons melons, deixar uma via assim pra comunidade, acessível, mas com emoção. Passávamos meio veneno e logo aparecia aquela chapa generosa, bonitona, pra dar um brinde! 

Na primeira investida na Moonwalker fui com mochilão, saco bivak, saco de dormir e muito agasalho. Guiava com peso mesmo mas, era duro, porque os esticões são de 55 a 60 metros e no final tem muito arrasto e o peso das cordas. Infelizmente a chuva nos pegou na dormida do platô da P12. Nos arrependemos de ter parado às 15h pra escalar o resto dia seguinte, simplesmente não rolou. Dessa vez a estratégia foi ir leve e fazer em um dia e chegamos ao cume às 16h,  mas, eu passei frio e "fome". Então tem esse trade. 


Obrigada pelo incentivo pessoal! Eu sei que eu revezei a vez até a hora de puxar ou ir salvar a corda, nos rapéis noturnos. Como o Bruno é guia certificado e eu to ainda fazendo meu currículo, eu aprendo muito com ele! Ele é muito generoso! Tô cada vez mais motivada! 


Ótimas escaladas a todos!

quinta-feira, 10 de março de 2016

Entrevista com Amanda Criscuoli – 09 Anos – Uma pequena GRANDE escaladora!

O projeto EscaladorAs do Brasil tenta divulgar o máximo a escalada feminina! Na batalha para motivar/incentivar a mulherada no esporte encontramos através do ‘boca a boca’ uma menina no Rio Grande do Sul que anda deixando até a galera mais experiente de cabelo em pé. Estamos falando de Amanda Criscuoli, 09 anos, garantindo que a nova geração da escalada no Brasil promete, e MUITO!

Amandinha, com quantos anos você começou a escalar?
Eu frequento locais de escalada com os meus pais desde os meus 3 meses de idade. Comecei a treinar com 6 anos de idade, mas desde os meus 3 anos eu ia nos muros de escalada e ficava subindo e pulando. Na rocha eu adorava subir até uma determinada altura e ficava me balançando muito tempo, eu adorava isto!!!

Primeiros passos no mundo da escalada!
Quem te incentivou?

Os meus pais sempre me incentivaram muito. Como iniciei muito nova a frequentar os locais de escalada naturalmente a escalada foi fazendo parte da minha vida.


Que tipo de escalada você gosta mais? Por quê?
Eu gosto mais de boulder, porque é divertido. Gosto de cair nos crashs e os boulders são curtinhos, dá pra fazer rápido e dá para fazer várias vezes. Mas eu também curto bastante fazer via, porque as vias são longas e dá para ver paisagens bonitas.

Boulder - Gruta Caxias do Sul
Morro da Toca - Itatim/BA
Parada - Morro da Toca - Itatim/BA

O que você sente quando está escalando?
Normalmente sinto que vou conseguir fazer as vias, em momentos difíceis que eu estou caindo eu procuro ter coragem e sempre acredito que eu vou conseguir. Quando os movimentos estão tranquilos, aproveito para curtir a escalada. Às vezes eu fico meio brava, porque em algumas vias os movimentos são longos e eu sou pequena, mas eu sempre tento achar um jeito de passar.
Qual a lembrança mais legal que tem sobre a escalada?
Eu e os meus pais quando fazemos vias longas e nos reunimos no cume ou parada, por exemplo em Caçapava/RS lá no paredão Teixeira a gente entrou numa via chamada "Sei lá", fomos até o cume e vimos juntos a paisagem, foi muito legal!!! Também curti com a família em Itatim/BA no Morro da Toca. Fizemos uma via que ia até embaixo da toca, era bem alto, mas não era no cume, mas foi bem divertido e tinha uma vista linda e a gente não queria entrar na toca porque ia ser meio perigoso. Depois até ficamos sabendo que tinha abelhas, então, ainda bem que a gente não foi!!
Cume - Caçapava/RS
Quais os lugares que você mais curtiu de Escalar?
Margalef e Siurana que ficam na Espanha, Lapa do Seu Antão em Fidalgo/MG, Camping Behne em Ivoti/RS, Salto Ventoso em Farroupilha/RS e os boulders que tem na Gruta da 3 Léguas em Caxias do Sul/RS. 
 
Com a família em Siurana - Espanha
Qual é a conquista (via, boulder) que você sente mais orgulho em ter feito?
 
Eu sinto bastante orgulho de ter feito a via "Não me vem com Guiguiguilis" um 7a do Salto Ventoso, pois é uma via que a primeira vez que entrei eu não alcançava nas agarras e tive que esperar 1 ano para conseguir mandar ela. Eu também tenho muito orgulho em ter feito a via “Mouse” um 6 grau que fica no Camping Behne, porque é uma via bem conhecida e o estilo dela é o meu estilo, uma escalada natural, com crux bem definido e levemente negativo. 
Quem é responsável por treinar você?
Thiago Bahlen e Ramiro Ruschel

Treinando!
Você pratica outras atividades além da escalada? 
Sim,  pratico Ballet desde os 2 anos de idade e quando tinha 4 anos eu comecei a natação e a patinação.
Deixe um recado para quem tem vontade de escalar e ainda não escalou.
Se você ainda não escalou quando escalar vai gostar, eu gosto bastante e provavelmente vocês vão gostar também.

Piedra Parada/Argentina