quarta-feira, 27 de maio de 2015

3º Encontro de Escalada do Faroeste

A região oeste do Paraná foi apelidada carinhosamente de “Faroeste” por dois motivos: além de estar longe da capital e de outros grandes centros é uma região de planícies sem fim (a montanha mais próxima está a cerca de 600km). Durante muito tempo as escaladas locais permaneceram desconhecidas pela maior parte dos praticantes do esporte no Brasil. No entanto, a região tem ganhado cada vez mais notoriedade – e isto se deve, principalmente, à realização do seu 3º Encontro de Escalada, que aconteceu nos dias 22, 23 e 24 deste mês, no Salto João e Maria, Próximo à cidade de Toledo/PR. O lugar conta com aproximadamente 80 vias de graduação entre 4º e 9º grau, espalhadas em três diferentes setores de um basalto tão escuro que causa a impressão de estar sempre molhado. Dentre estas vias, sete projetos estavam esperando pelo First Ascent (FA) – uma delas era a via “Só para loucos”, que teve a sua primeira cadena realizada pelo escalador cascavelense Douglas Zubéldia e tem como graduação sugerida 9b BR. Cerca de 100 participantes de várias regiões do Paraná participaram do evento – alguns com a sede de mandar os projetos, outros querendo escalar o máximo de vias que conseguisse e outro tanto com a vontade de rever bons amigos e curtir a good vibe da galera. Assim, depois de um sábado repleto de quedas, ralados e cadenas, a galera seguiu rumo à Fazenda Castanheira, morada temporária desse povo todo, onde puderam conferir de perto todas as dicas que o palestrante Ed Padilha preparou sobre as escaladas em grandes paredes, matar a fome com um jantar caprichado e curtir o luau ao lado da fogueira. A soma de tudo isso tem um resultado óbvio: parceria de qualidade, muita escalada, boas conversas, bom humor e diversão! Que venha 2016, com o 4º Encontro de Escalada do Faroeste.














terça-feira, 26 de maio de 2015

Raiane Melo - Sobre evolução, campeonatos e psico


Por: Raiane Melo


Oi pessoal! Vim contar para vocês sobre minha participação nos campeonatos desse ano, que mostra a minha transição do amador para o pro. Comecei a treinar forte no final de janeiro focando no Master de Bouldering da The North Face que aconteceria no dia 20 de março no Chile. Também surgiram Os Jogos Cariocas de Verão no RJ que aconteceram nos dias 7 e 8 de março. Eu e o Melquior decidimos então participar, como uma forma de teste para o Chile, e fomos muito bem , conseguimos ir para a final e eu por alguns erros que cometi permaneci em quinto lugar. Foi um campeonato muito legal e uma ótima preparação para o Chile.


No Chile o campeonato é monstruoso, o muro é gigante e a classificatória contava com 5 boulders. Consegui encadenar dois boulders um a vista e outro de segundo pega, peguei em uma agarra bônus e nos outros dois boulders não consegui muita coisa. Não sabia como seria o resultado, mas não tinha muitas esperanças, pois tinha ouvido falar que tinham muitas mulheres fortes nesse ano. Saindo o resultado somente 15 mulheres passavam para a semifinal e para passar tinha que ter encadenado 3 boulders e pegado em 2 agarras bônus no mínimo. Para vocês terem uma ideia as 7 primeiras mulheres mandaram tudo e ficaram empatadas. O Brasil foi bem representado na semifinal com a Bianca Castro, Thais Makino e Patricia Antunes. Fiquei bem feliz com o meu resultado e a experiência que eu tive foi imensurável, voltei para o Brasil muito motivada a treinar e com a certeza que tudo que a gente quiser a gente pode conseguir, basta acreditar.

Agora o foco era o Campeonato Brasileiro de Boulder da ABEE em Porto Alegre. Treinei até a semana do campeonato e também fui mais para a pedra, consegui mandar meu primeiro V5 (The Doors em Sabará), o que me deixou mais tranquila de saber que estou evoluindo. No campeonato eu estava indo muito bem, encadenando os boulders a vista, mas depois precisava de encadenar uns boulders com valores mais altos, fiquei tentando vários e não consegui encadenar nenhum com o valor que poderia ter me passado para a final, eu deveria ter focado em um só e talvez eu poderia ter mandado. São detalhes que fazem a diferença e que na hora você não consegue pensar direito no que deve ser feito. Mas peguei isso tudo como aprendizado para que nos próximos campeonatos eu possa ir melhor. 

Passou uma semana e teve o Campeonato Brasileiro de Boulder da CBME no Rio de Janeiro, no festival tivemos 11 mulheres, comecei muito bem encadenei alguns boulders e fiquei malhando outros que valiam muitos pontos. Faltava 1 hora para o término e fui vencida pela minha cabeça, já imaginava que não dava mais para mim e cada vez que eu entrava no boulder não conseguia mais me concentrar e parecia que tinha um diabinho na minha orelha falando: “desiste, não da mais, você não consegue”. E não deu mesmo, passavam 6 mulheres para a final e eu fiquei em sétimo. Eu acho que tudo é aprendizado e que se aconteceu desse jeito foi para eu aprender a me valorizar e manter a cabeça no lugar até o último minuto do festival.

Foram 4 campeonatos em menos de 4 meses e eu aprendi muito sobre mim mesma, sobre o que eu devo fazer e o que eu nunca mais vou fazer. Na escalada 80% é cabeça e 20% é força, se você acha que você não vai conseguir quem que vai achar para você?! A palavra que define o que eu aprendi nisso tudo é ACREDITAR, acredite em você porque nada nessa vida é impossível. Foi um enorme privilégio escalar com tanta mulher monstra e é isso; vivendo e aprendendo, errando e aprendendo, aprendendo e vivendo! Kmon mulherada vamos dominar o mundo!!




segunda-feira, 25 de maio de 2015

Filhos e Escalada – uma combinação incrível

Bom dia!! Em especial à todas as mamães escaladoras! Para fechamento do mês de Maio, mês das mães, deixamos com vocês um relato incrível da escaladora e mãe Debora Hashiguchi que, nos conta como conciliou e concilia até hoje a maternidade e a escalada!!
Filhos e Escalada – uma combinação incrível
A escalada apareceu na minha vida como uma oportunidade de fugir das cidades e me meter no meio do mato para viver, de fato. Adorava sentir a energia dos lugares que frequentava e quanto mais longe da civilização, mais parte do todo eu me sentia.
No começo era tudo muita descoberta, um grupo de amigos se juntavam para curtir juntos, trilhas a pé, rios, cachoeiras, subir em pedras, ver as paisagens de cima fazia parte das nossas primeiras grandes aventuras. Até que um amigo trouxe a escalada para o grupo. Alguns ficaram fissurados e outros não, mas todos continuavam a se divertir juntos. Até que veio a notícia da minha primeira filha, Nisha, neste momento eu tive certeza de que a escalada entrava em stand-by. O pai da minha filha não fazia parte deste universo e minha mãe não compartilhava das aventuras de sua filha “radical”. Desta forma, a Nisha nunca participou muito deste mundo, suas aventuras se reduziam quase que apenas a passeios civilizadamente urbanos, parque, casa de amiguinhos, hotéis etc. Apesar de tudo eu estava disposta adaptar as atividades à minha nova realidade e continuei com as viagens, trilhas, cachoeiras, rios e acampamentos.

Escalar mesmo só voltei depois de 5 anos, fui a uma palestra na Pé na Trilha, onde conheci uns garotos que escalavam e no final de semana seguinte fui escalar com eles no DIB. Alguns dias depois eu fui a uma loja de equipamentos, comprar uns “presentinhos” em comemoração à minha volta ao climbing e o vendedor da loja me indicou o ginásio 90 Graus.
Nunca vou esquecer o dia em que eu entrei no ginásio, todas aquelas paredes, em tudo quanto é formato, com aquela imensidão de agarras coloridas e para “ajudar” um monte de fitas ainda mais coloridas coladas nas paredes. Eu não entendia como alguém podia entender tudo aquilo, era tudo muito confuso para mim. Mas quando entendi a lógica daquilo tudo, me apaixonei. O lugar, o ambiente, as pessoas, tudo ali era fantástico... a 90 Graus passou a ser minha segunda casa, eu não via a hora de terminar o trabalho, correr para o ginásio e ficar ali, no meio daquilo tudo.
Ali conheci pessoas que fizeram diferença na minha vida, meu marido Léo e seu grupo de amigos, com quem voltei a frequentar a rocha, agora como escaladora mesmo.
Na 90 Graus a Nisha adorava ficar pulando em cima dos crashpads, se balançando nas cordas dos top ropes, correndo pelo ginásio, se escondendo e brincando de pega-pega, mas nunca se empolgou muito com a escalada. A Nisha foi crescendo e, infelizmente, foi deixando de se interessar pela escalada. Quando eu ia para a rocha, na maioria das vezes, ela ficava na casa da avó.

Depois de 3 anos namorando, morando e escalando com o Léo, eu engravidei. Não era esperado, eu estava feliz com minha vida como estava e, no começo, foi difícil. Fiquei imaginando como seria tudo diferente dali pra frente, imaginava que muita coisa ia mudar, mas principalmente a escalada. Eu não podia estar mais certa...
Com um melhor conhecimento do esporte acabei praticando a escalada de forma segura e responsável até dois dias antes do meu filho, Luca, nascer. Quando o Luca nasceu, o ginásio foi a diferença entre voltar a escalar mais cedo ou mais tarde, voltei a frequentar a 90 Graus depois de 2 meses do parto. A volta foi rápida e me fez muito feliz. A maternidade é uma coisa doida mesmo, a gente fica feliz só de estar perto daquele serzinho que nos faz sentir tanto amor , tão pequeno, tão parte de você. Ficar com ele fazendo algo tão especial para você então... te leva ao paraíso, é onde eu jurava que estava.
O Luca ficava dormindo no carrinho enquanto escalávamos e quando ele acordava ia para os colos, da mãe, do pai e dos “tios e tias” que o adotaram, todo mundo se divertia.
Quando o Luca fez 4 meses, já estávamos prontos para ir para a rocha juntos. Por razões óbvias levávamos uma mochila de equipo e outra com protetor solar, repelente, brinquedos adequados à idade dele, um tapete grande e o carrinho de bebê. Nesta época a alimentação do Luca se baseava ao leite materno, que estava sempre à distância de um choro, na temperatura e quantidade certos.
Antes do Luca nascer as esportivas eram nossa paixão, mas depois, com um bebê a tira colo, demos preferência aos boulders pela praticidade e, além das mochilas, levávamos apenas um crashpad. Eram tardes bem intensas, duravam entre duas ou três horas muito agradáveis, felizes e cheias de conquistas para todos.

Aos poucos este universo passou a fazer parte da vida do Luca também, paus, pedras, terra, folhas e rocha começaram a criar vida e garantir a diversão. Com 1 ano de idade ele já se interessava pela brincadeira de subir as pedras e os setores se transformaram em um playground natural gigante.
Conforme o Luca foi crescendo, foram crescendo também nossas aventuras. Hoje o Luca já conheceu lugares que muitos adultos não conseguem nem imaginar estar e, infelizmente seus filhos, provavelmente, não imaginam nem existir.

Hoje, com 7 anos, o Luca curte escalar, acampar e até passar os perrengues da escalada, por isso já conheceu muitos cantinhos encantados dentro do Brasil e fora dele, lugares que parecem tirados de filmes de ficção científica, mas que, na verdade, são a mais pura realidade das belezas naturais desta Terra, que o homem insiste em esconder no meio de tanto concreto e conforto. Considero ele uma criança esperta e culturalmente muito rica. Eu sinto muito orgulho de oferecer isso a ele, orgulho dele ainda conseguir brincar com um pedaço de pau, pedra, terra, folhas, fazer sua própria exploração, usar sua imaginação.
Viajar, acampar, fazer trilhas, escalar com seu filho não é nada do outro Mundo, basta olhar de outra perspectiva, a perspectiva de um grupo onde, como qualquer outro, as necessidades mínimas em comum e as regras mínimas de boa convivência devem ser atendidas.
Nestas viagens colocamos nossos interesses ao lado dos interesses do Luca, assim ambos aprendemos e nos realizamos nestas experiências. Nunca deixamos de fazer nada com o Luca, apenas diminuímos o ritmo.


A companhia dos filhos nas nossas atividades nos fez ver a vida de um outro ângulo, incompreendido e inimaginável para a maioria das pessoas que não tem filhos, mas imensamente feliz, de um jeito que só quem é pai ou mãe é capaz de vivenciar.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

COCALCINHAS 2015

O Cocalcinhas é um evento de referência da escalada feminina e já tem data marcada para acontecer! Este ano o festival realizar-se-á entre os dias 05 e 07 de Setembro, e o palco será o de sempre, o famoso Parque Estadual do Pirineus, imerso nas belezas do Cerrado brasileiro. Este ano o Cocalcinhas chega na sua 4ª edição, com o mesmo objetivo, fortalecer a escalada feminina!!




sexta-feira, 15 de maio de 2015

Luana Riscado - Treinos ou não treinos

Por: Luana Riscado 

Bom, finalmente consegui parar pra escrever alguma coisinha sobre os últimos acontecimentos.

Depois de passar por um período de pouca escalada na minha vida, principalmente, por falta de tempo mesmo, a correria é grande e as responsabilidades só crescem.. é difícil administrar tanta coisa.. estudos, faculdade, trabalhos...treinos e escaladas! E o fato de um morar um pouco longe da minha faculdade e do trabalho e gastar muito tempo no deslocamento e transito (no mínimo 5 horas do meu dia perdidos no transito) também foi um fator crucial.
Mas, de uns 3 meses pra cá tenho conseguido voltar a ativa.. não digo aos treinos, porque eu sinceramente não sou muito adepta, não que eu não goste (e não ache que dê resultado, sei que dá) mas por falta de disciplina, eu acho. Ou simplesmente pelo fato de estarmos tão perto da rocha e preferir ir para a pedra quando tenho um tempinho livre ou invés de ir pro muro rs. Nesses últimos 3 meses tenho conseguido escalar bastante na rocha, pois comecei um estágio novo em Botafogo do lado da Urca e como estou no fim da faculdade a quantidade de matérias está bem menor.. então consigo sair do trampo ou da facu e dar uma escaladinha nos boulderes da Urca 'final de tarde pra noite', a galera aqui está bem animada e sempre rola parceria pro nigth climb.
E acho que está dando resultado né? pois já consegui chegar a minha melhor forma novamente. Os projetinhos estão saindo. Já resolvi alguns projetos antigos como o Mandrake V8 e o Os 12 trabalhos de Hercules V7, e outros novos, como o Tropicália V8 e meu primeiro V10 o Imperdoáveis (clássico).. E no final dos dias 02 e 03 de maio ganhei o Campeonato Brasileiro de Boulder!! A motivação está em alta e só ascendendo hahahahah! Muito feliz por essas minhas novas conquistas e pelas conquistas das escaladoras brasileiras em geral.. estamos vivendo um cenário épico na escalada feminina! Tá incrível!! 
Kmonnn mulherada acreditemos!! Porque podemos!

Créditos: Erike Fusiki




quarta-feira, 13 de maio de 2015

BIG 500 no Anhangava

Elas vivem intensamente e respiram o espírito da montanha...
Uma das escaladoras mais completas que conheço nos mandou seu relato de como foi participar de um BIG 500 no Moro do Anhagava, e está imperdível!
Por: Flora Kesselring Zugaib
Minha história com o desafio proposto pelo escalador Julio Nogueira , começou no BIG 1000, fazer mil metros de escalada no Campo Escola Morro do Anhangava. Desafio que completei com meu companheiro e parceiro Thomás Kämpf.
O seguinte desafio proposto era o BIG 500, escalar 500 metros no Anhangava.
Pensei, é a hora de fazer uma parceria feminina!!! Como em 2014 passei uma boa temporada na Argentina e Chile em companhia de amigos, dentre eles a escaladora baiana Luan Krung, nos tornamos amigas e justo ela estava passando uma temporada por aqui, no Anhangava onde moro.. Perfeito, pois eu conheço bem o morro e ela estava afiada em escaladas longas!!!
Apesar de termos estado na Patagônia não tínhamos escalado juntas, precisaríamos afinar a parceria e os procedimentos. Fomos treinar. Na primeira investida choveu, armamos um top rope em uma via fácil e fizemos muitas vezes escalando e desescalando, na segunda investida, fomos nos setores onde tem vias longas e na terceira fui apresentar pra “Parça” algumas vias que ela não conhecia. Afinamos os procedimentos de uma forma incrível, quando a segunda escaladora chegava na parada o rapel já estava pronto e descíamos bem rápido em “A” (este rapel exige uma boa sincronia das parceiras).
Fomos para nossa primeira tentativa!!! O combinado era olharmos o relógio, priorizar a segurança, fazer nosso melhor e só olhar o relógio no final!!! Nossa meta dos sonhos era 100 metros por hora!!!
Luan estava muitOOo gripada no dia... Depois da primeira via ela ressuscitou e tocamos pra cima!!! Nossa estratégia não tinha muita lógica, escalar em 3 setores diferentes fazendo 16 vias, o mais lógico seria escalar o menor número de vias e as vias maiores, fomos da forma que sentimos ser o melhor pra nós. Fiz uma cópia à mão das vias e metragens e nos baseamos nela.
Escalamos correndo!!! Foi demais!!! Não dava tempo nem de sentir o friozinho na barriga, mas sempre uma cuidando da outra. Luan foi sensacional, voava no granito exigente da Anhangava e a gripe?! Sei lá onde foi parar...
Terminamos, olhamos no relógio tínhamos feito em 5 horas!!! 100 metros por hora!! Super contentes anunciamos o feito e entreguei o relatório... Por um descuido nas anotações não tínhamos realmente feito os 500 metros e sim 499... Como 499 não são 500, fomos de novo!!!
A mesma estratégia ,só trocamos uma via de 19 metros por outrade 20.Desta vez tinham mais duplas tentando, por pouco não rolou congestionamento .Escalamos o mais rápido possível ... Olhamos no relógio tínhamos conseguido fazer em 4 horas!!! Maravilhoso!!!125 metros por hora!!! Missão pessoal mais que cumprida!!!
Os benefícios, aprendi a não me afobar, descobri que a parceira sempre tem muito a ensinar e dá certo quando uma cuida da outra, aprendi também a ser mais agilizada com manejo de corda e procedimentos e que somos capazes de realizar nossos sonhos mais distantes!!! Participem do Big 1000 e do Big 500, só ensinamentos!!! Obrigada Luan Leony Krug e Julio Nogueira !!
Apoio- Quatro Ventos , Campo Base, Flor e Alto Estilo.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Maíra Vilas Boas encadena dois boulders de graduação V10

O último final de semana foi repleto de conquistas grandiosas para a escaladora Maíra Vilas Boas! Foram dois boulders com a graduação V10! Isso mesmo, DOIS!!! Incrível!!! E ela ainda aproveitou a notícia pra ressaltar a escala segura e consciente, com evolução gradativa e sem lesões!!! Parabéns, Maíra!!!! Mandou muito!!!
"A temporada foi aberta e ela chegou por aqui!

Já vinha trabalhando esses projetos e a cadena saiu com a chegada do grip! Objetivos cumpridos! Iiiuuuu
*Amanhã vai ser outro dia, V10 na Pedra Rachada.
*Canindé, V10 em Ouro Preto.
Pra mim passou um filme de uma longa trajetória desde o início da minha escalada! Só tenho a agradecer a todos que contracenaram comigo! Me apoiando, inspirando, ensinando! São muitos(as) amigos(as) que eu não conseguiria citar mas sentem a mesmo vibração! Gratidão!
Em especial Fred Bull!
Crédito: Estúdio Buena Onda
PS: Por uma temporada limpa, segura e consciente! Cheia de cadenas! Bons ventos!"


Maíra
A foto é do boulder Canindé e o Vídeo abaixo é do boulder Rolling Stone, uma variante do "Amanhã vai ser outro dia"



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Inspiração!

Logo depois que soubemos da cadena de um 7b pela nossa querida escaladora Mary Lages pedimos pra que ela nos dissesse algumas palavras sobre o que a escalada significa pra ela... e o resultado foi inspirador!!! Vejam só:
"Gerar uma vida é algo muito especial, e poder ajudar na sua evolução. Não tenho palavras para explicar é muita emoção. Hoje tenho 66 anos completados no último domingo dia 3 /05, a escalada entrou na minha vida aos 47 anos, foi incrível, porque eu ainda estava a procura da outra realização, fora meus filhos e o Everton parceiro/amigo e tudo mais ..... Tenho 4 filhos (todos escaladores) e 3 netas, a escalada faz nossa família estar sempre unida , parceira, solidaria e suprir as diferenças de idades e temperamento. Você vai pra rocha é pura magia superando seus medos, altura e inseguranças da vida, tudo e um aprendizado, é vida!! Vamos escalar mais e ser feliz, a natureza te proporciona isso!"
Mary Lages
Parabéns, Mary! Temos muito orgulho da escaladora que és!!! 





segunda-feira, 4 de maio de 2015

Maternidade e escalada

O mês de maio chegou, e como é em maio que comemoramos o Dia das Mães vamos aproveitar pra trazer muitas informações sobre nossas escaladoras que tentam conciliar a escalada com a difícil tarefa de ser mãe!
Começamos com o relato da nossa querida Karen Ruschel:

"Maternidade e escalada...dois amores que requerem dedicação, entrega, e muita disciplina.
Eu diria que apenas com disciplina é possivel percorrer todos os caminhos dessa linda jornada que é a maternidade e continuar treinando e escalando.

É possivel treinar e escalar por toda jornada, lembrando sempre é claro, de respeitar os limites do próprio corpo: O CORPO FALA.
Esteja em sintonia com o obstetra/ginecologista: discuta os riscos, escale em top rope durante a gestação, vias que ja conhece e abaixo do seu limite.
Prefira 100% parto normal: é possivel voltar a escalar 10 dias após o parto!!!! Claro, prestando atenção no ritmo, mas voltar rápido é sempre muitooo bom.
Escale com os amigos: sem eles é impossivel levar o baby para o pico!!!
Procure organizar a rotina dos treinos em casa: compre uma barra, pule corda, faça exercicios funcionais enquanto o baby dorme, se puder montar um murinho de treinos maravilha, mas o mais importante: tenha disciplina! Vença o cansaço. Começar é o mais dificil, depois a sensação é gratificante.
Hoje minha filha tem 1 ano e 8 meses e eu me sinto mais forte, determinada e capaz!!!
Amo ser Mãe e escaladora!!!!"

Obrigada pela colaboração, Karen!
Bons ventos a todas!